VIVENDO MELHOR: A VERDADE SOBRE A CAFEÍNA

Marissol Rios

Nutricionista & Psicóloga
CRN 3 55580
Formada na USCS/SP
Pós Graduada em Nutrição do Esporte e Estética – Plenitude Educação/SP

Quando é boa para Você…e Quando Não é

A cafeína está presente no cotidiano de milhões de pessoas ao redor do mundo. Seja no café da manhã, em uma xícara de chá ou em uma bebida energética, ela é amplamente usada por quem busca mais energia, foco e disposição. Estima-se que cerca de 85% dos adultos americanos consumam cafeína diariamente. Seu principal mecanismo de ação é o bloqueio da adenosina, uma substância que induz o sono. Ao fazer isso, promove maior estado de alerta e melhora momentânea do humor, ao estimular também, a liberação de dopamina e adrenalina.

No entanto, a sensação de energia promovida pela cafeína não vem de um aumento real da disposição, e sim, da supressão temporária da fadiga. Por isso, após algumas horas, é comum sentir queda de energia, irritabilidade ou dificuldade para dormir. Esse efeito é ainda mais evidente quando a cafeína é consumida à tarde ou à noite. Isso, porque sua “meia-vida” — o tempo que o corpo leva para eliminar metade da substância — varia de 4 a 6 horas, podendo ser ainda maior em pessoas mais sensíveis ou com metabolismo lento.

Apesar disso, o consumo moderado de cafeína pode oferecer diversos benefícios à saúde. Estudos associam o consumo regular de café à redução do risco de depressão, diabetes tipo 2, doença de Parkinson, Alzheimer e até alguns tipos de câncer. A cafeína também melhora o desempenho físico em atividades de resistência, com efeitos mais significativos quando consumida em doses de 3 a 6mg por quilo de peso corporal. Vale lembrar que muitos desses benefícios vêm do café como um todo — rico em antioxidantes e compostos bioativos — e não da cafeína isoladamente.

Entretanto, nem todos reagem da mesma forma à cafeína. Em excesso, ela pode causar efeitos indesejáveis como: ansiedade, palpitações, insônia, desconfortos digesti

vos e aumento da pressão arterial. Pessoas com distúrbios de humor, hipertensão, refluxo, síndrom

e do intestino irritável, gestantes e lactantes devem ter cuidado redobrado. Além disso, utilizar a cafeína para compensar noites mal dormidas pode desencadear um ciclo de exaustão, irritabilidade e dependência.

Observar os sinais do próprio

 corpo é essencial. Se você sente ansiedade, insônia ou queda brusca de energia após o consumo de cafeína, talvez seja hora de ajustar a dose ou o horário. Estratégias como restringir o consumo ao período da manhã ou fazer pausas regulares ajudam a reav

aliar sua tolerância. Alternativas como: chá-verde, infusões de ervas, bebidas com cogumelos funcionais ou adaptógenos podem ser boas opções para quem busca equilíbrio sem abrir mão do ritual.

A chave está no consumo consciente e personalizado. Respeitar seus limites e entender como seu corpo responde à cafeína pode ser o diferencial para manter o foco, a disposição e o bem-estar, sem abrir mão da saúde física e mental.

Marissol Amaral Rios

Chá como substituto do café: opção com menos cafeína (ferva 200ml de água, adicione 1 colher de chá-verde, ou chá de ervas (como: hortelã ou erva-cidreira), deixe em infusão por 5 minutos, coe s sirva. Pode ser consumido quente ou gelado.

Café com canela: misture 1 xícara de café quente com ½ colher de chá de canela em pó. Adoce se quiser e finalize com 1 pau de canela. Pode adicionar leite ou bebida vegetal para uma versão cremosa.

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