A Hiperplasia Prostática Benigna – HPB, ou aumento benigno da próstata é uma condição que afeta cerca de 50% dos homens aos 50 anos e 80% aos 70 anos, segundo a Sociedade Brasileira de Urologia – SBU.
O tratamento mais recente para diminuir o tamanho da próstata por meio não invasivo, foi autorizado pela Anvisa no ano passado quando os primeiros procedimentos começaram no Brasil. a técnica chamada de rezum foi usada pela primeira vez por especialistas do Hospital Oswaldo Cruz em São Paulo, e agora nos principais centros urológicos como mais uma forma de combater à HPB, relacionada ao aumento exagerado da próstata e que causa alguns sintomas do trato urinário.
Os sintomas relacionados à HPB são: mudanças no jato urinário, que pode ser interrompido ou fraco, gotejamento terminal, necessidade urgente de esvaziar a bexiga, vazamento urinário, sensação de bexiga cheia, mesmo depois de urinar, urinar com mais frequência, especialmente à noite, sendo necessário interromper o sono por 2 a 7 vezes para esvaziar a bexiga. Ainda de acordo com a SOBRICE, os pacientes também podem apresentar sintomas como: infecção na urina, infecções urinárias de repetição e o desenvolvimento de pedras no interior da bexiga. Em casos mais severos de hiperplasia prostática, podem acontecer retenção urinária (incapacidade de urinar), sendo necessário o uso de cateterismo vesical de alivio ou permanente, e insuficiência renal, embora isso seja menos comum.
A Sociedade Brasileira de Urologia estabelece em suas diretrizes sobre HPB que o tratamento inicial envolve a utilização de medicamentos, com a finalidade de melhorar os sintomas urinários do paciente, e assim, sua qualidade de vida também. No entanto, quando há falha ou intolerância ao tratamento medicamentoso, ou uso por mais de 2 anos dessa medicação, os pacientes precisam se submeter a um procedimento cirúrgico minimamente invasivo em caráter day clinic sob sedação endovenosa em caráter ambulatorial. O procedimento com a técnica rezum no Brasil, vem como mais uma excelente opção terapêutica para a HPB. O procedimento clássico é a ressecção endoscópica da próstata (RTU), porém, a ressecção endoscópica é um procedimento invasivo, com uma duração cirúrgica mais longa, em média de 3 dias de internação, risco maior de sangramento e infecção urinária e também a técnica rezum não têm o inconveniente da ejaculação retrógrada, sem sangramento, recuperação mais rápida e o paciente, retorna para sua casa após algumas horas.
O rezum consiste no uso da videouretrocistoscopia para guiar uma cânula até a região da próstata e com o uso de vapor de água de 70 a 103 graus Celsius gera a necrose coagulativa fazendo a vaporização do tecido prostático hiperplasiado, e assim, diminuindo o tamanho da próstata. “É um procedimento que se mostrou rápido e eficaz. O rezum é realizado sob sedação anestésica e o paciente pode retornar para casa uma hora depois do procedimento”, explica o especialista antes de acrescentar que “a técnica rezum representa um avanço significativo no tratamento da hiperplasia da próstata. Ela oferece uma opção minimamente invasiva, com resultados eficazes e recuperação rápida para os pacientes”.
O rezum já existe há mais de 8 anos nos EUA, com casuistica mundial acima de 350 mil casos, sendo mais de 80 mil casos na União Européia, e no Brasil, já passamos dos 70 mil casos. A aquablação da próstata (procedimento cirúrgico) – rezum em relação aos tratamentos tradicionais, reduz em mais de 90% os riscos da ejaculação retrógrada, que ocorre quando o esperma não é expelido e retorna para a bexiga, suspende também o uso da medicação dutasterida / finasterida evitando seus efeitos colaterais.
O Centro Avançado de Urologia – Clinica CAU uniu esforços e trouxe para Campos o rezum, essa nova modalidade terapêutica, permitindo assim o tratamento inovador, de ponta da HBP. E a outros procedimentos não invasivos para tratar problemas do aparelho urinário sem que precisem se deslocar até a capital do estado.