Guilherme de Sá Santos

Engenheiro Agrônomo
CREA 2003103285
Graduação na UFES
GR Argrária – Unidade de Tratamento de Residuos Orgânicos

Guilherme de Sá Santos

Engenheiro Agrônomo CREA 2003103285 Graduação na UFES GR Argrária – Unidade de Tratamento de Residuos Orgânicos

No mundo em que vivemos, a geração de resíduos, é uma consequência dos nossos próprios hábitos de consumo. Independente da quantidade gerada, todos somos responsáveis pela produção de lixo e, portanto, também temos responsabilidades em relação a sua destinação.

Em escala, temos como maiores geradores, as indústrias, seguido dos distribuidores, atacadistas, revendas e consumidor final. Temos a impressão que a geração de resíduos de nós; os consumidores, é a menor. No entanto se somarmos toda população, o que estamos fazendo é distribuir os resíduos gerados nas indústrias, que de forma coletiva, representa o problema por inteiro.

Diversos são os tipos de descartes, desde os mais simples, como: papel, alumínio, plástico, etc.., como os mais complexos e perigosos como: os eletrônicos, nucleares, hospitalares, embalagens de agrotóxicos, resíduos siderúrgicos ou da cadeia do petróleo por exemplo.

Para cada tipo, existe um diferente ônus para a sociedade e para o meio ambiente como um todo.

Vamos agora focar nos resíduos orgânicos, que representam o alvo do trabalho que desenvolvo numa Unidade de Tratamento de Resíduos Orgânicos, conhecida como GR Agrária.

A geração de rejeitos orgânicos, é uma consequência da produção em escala, de alimentos, carnes e embutidos, bebidas, produção de rações, álcool, tecidos, madeireiras, entre outros.

Cada região possui atividades peculiares, por isso, existem diferentes demandas desses restos que é o resultado do arranjo produtivo local.

As formas de reciclagem mais usuais destes resíduos, são a geração de energia e biofertilizantes líquidos por meio de biodigestores, e também o processo de compostagem, que acelera a degradação das biomassas, resultando em adubos orgânicos das mais variadas categorias de uso.

Excrementos de bovinos, aves e equinos, restos de frutas, verduras e legumes, sangue do abate bovino, descartes de peixaria e granjas de aves e suínos, lodo de estações de tratamento de efluentes, tortas (borra) de cana de açúcar, algodão e soja, podas de árvores, cascas de arroz ou café, resíduos de serraria, xorume e outros tantos resíduos orgânicos são potencialmente nocivos ao ecossistema, contaminando os solos, corpos d’água e lençol freático, ao mesmo tempo que criam condições favoráveis para incêndios ou a multiplicação de pragas urbanas, vetores de doenças e zoonoses das mais variadas.

Desta forma, podemos concluir facilmente, que os processos de reciclagem e reuso dos resíduos de forma geral, estão na lista de prioridade das autoridades no sentido de regulamentar cada elo da cadeia geradora, de forma que todos tenhamos responsabilidades e condições de infraestruturapúblico/privadas para que todos consigam fazer a destinação correta e responsável de todos os resíduos gerados pela sociedade de forma geral.

Particularmente, aqui na GR Agrária, recebemos podas de árvores trituradas, conteúdo ruminal e sangue bovinos, cascas de eucalipto, e eventualmente, restos de frutas, legumes e verduras, que são transformados em adubos orgânicos e substratos para plantas, por meio do processo de compostagem, evitando que milhares de toneladas sejam despejadas no meio ambiente todos os meses, durante todo o ano, num processo diário e contínuo, que evita o irresponsável descarte desses rejeitos nocivos ao nosso ambiente e ao bem estar público da região.

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