O câncer de mama é a principal causa de morte por câncer entre mulheres no Brasil.
A prevenção e detecção precoce do câncer de mama salva vidas. Foi observado na década de 70 redução na mortalidade pelo câncer de mama, notadamente, nos países desenvolvidos em decorrência do acesso aos programas de rastreamento, com consequente detecção precoce da doença e avanços em seu tratamento.
Em países em desenvolvimento os programas de rastreamento são mais escassos com acesso restrito das mulheres e menor chance de diagnóstico precoce.
Detecção precoce, rastreamento, significa examinar mulheres assintomáticas para fins redução da taxa de mortalidade pelo câncer de mama.
Rastreamento com detecção precoce é de fundamental importância para da redução morbidade e mortalidade com maior qualidade de vida para as mulheres.
Em relação ao passado, hoje, com novas tecnologias, com equipamentos de mamografia cada vez mais avançados há detecção de um maior número de cânceres curáveis.
Quando falamos em mamografia, importante falar, na complementação com ultrassonografia e/ou ressonância magnética para avaliação e correlação desses estudos, para melhor avaliação, detecção precoce, com objetivo de cura, interrompendo a história natural da doença.
Recomendações do Colégio Brasileiro de Radiologia, Sociedade Brasileira de Mastologia e Colégio Americano de Radiologia para rastreamento:
* Mulheres entre 40 a 69 anos – rastreamento mamográfico anual;
* Mulheres maior ou igual a 70 anos – rastreamento mamográfico individualizado e com periodicidade anual;
* Considerar suspensão do rastreamento se a expectativa de vida for menor que 10 anos ou existência de comorbidade/doença que impossibilitem um tratamento efetivo.
Rastreamento para a população de alto risco:
* Mulheres com mutação ou parentes de 1º grau materno ou paterno comprovadas do BRCA1/2 ou síndromes genéticas;
* Radioterapia torácica entre 10 e 30 anos de idade;
* Mulheres com parente de 1º grau com câncer de mama com idade inferior a 50 anos;
* Mulheres com parentes de 1º ou 2º grau com câncer de ovário independente da idade;
* Parente com câncer de mama no sexo masculino independente da idade.
Orientações abaixo:
* Ressonância magnética e mamografia anuais, sendo o início do rastreamento com 25 – 30 anos ou 10 anos antes da idade do diagnóstico no familiar mais novo, e 8 anos, após a radioterapia torácica, mas, nunca antes de 25 anos.
* Se houver contraindicação à ressonância magnética, ultrassonografia e mamografia.
Rastreamento para mulheres com risco intermediário:
* Antecedente pessoal de câncer de mama, CDIS, hiperplasia ductal atípica e neoplasia lobular;
* Não existe um consenso para rastreamento no risco intermediário, mas, recomenda-se o mesmo rastreamento para mulheres de alto risco.
Mamas densas:
* Ultrassonografia deve ser complementar a mamografia, auxiliando na detecção de lesões obscurecidas.
Rastreamento, diagnóstico precoce, salva vidas! Procure seu médico! Faça sua mamografia!