Guilherme de Sá Santos

Engenheiro Agrônomo
CREA 2003103285
Graduação na UFES
GR Argrária – Unidade de Tratamento de Residuos Orgânicos

Guilherme de Sá Santos

Engenheiro Agrônomo CREA 2003103285 Graduação na UFES GR Argrária – Unidade de Tratamento de Residuos Orgânicos

A criatividade e a engenhosidade sexual de cada espécie de planta, vai nos deixar curiosos a partir de agora, onde descobriremos as várias faces sexuais e diferentes estratégias comportamentais para a perpetuação das espécies.

Não é a toa que as plantas exibem uma diversidade enorme de tipos florais com diferentes cores, formatos, padrões, perfumes, néctar e outros atrativos.

É importante sabermos que a flor é a carteira de identidade de cada espécie, não existindo espécies diferentes com flores iguais.

Suas características estão diretamente relacionadas com o agente polinizador, que é quem faz o trabalho de levar o pólen, na qualidade de estrutura masculina, até a entrada da estrutura feminina, denominada estigma.

Desta forma, cada espécie de planta se encontra numa condição de dependência do seu agente polinizador.

As abelhas são as campeãs no assunto, e por isso, a ciência já concluiu que se faltar abelhas num ecossistema, a grande maioria da flora entra em colapso, desencadeando enorme desequilíbrio do ambiente, colocando em risco a vida de todos os seres que dependem dessa flora.

Borboletas, mariposas, mamangavas, moscas, morcegos, pássaros, entre tantos outros seres, são responsáveis por esse evento que promove a reprodução das plantas, denominado síndromes de polinização.

Curiosamente, existe uma flor de odor apodrecido, chamada de Fedegosa. Essa é a estratégia usada para atrair a mosca varejeira, que tem o formato do seu corpo e gesto comportamental, capaz de realizar sua polinização. Por isso, cada flor, possui seu atrativo próprio para agradar e seduzir seu polinizador, a exemplo do néctar, que tem a função de atrair pelo sabor apurado e adocicado ao gosto de cada agente de polinização.

Mas, não só seres vivos participam desse processo. Algumas plantas usam o vento, a chuva, outro fator físico ou mecânico, para realizarem o processo.

Basicamente, cada grão de pólen será responsável pela formação de cada semente. O mesmo em contato com o estigma, é aderido e levado por um tubo até o ovário; que é a estrutura feminina que vai abrigar as sementes, e é o local onde vai ocorrer o cruzamento. Assim, cada fruto, é a versão evoluída da estrutura do ovário.

Isso chamamos de fecundação, que é a etapa que precede a polinização.

Sobre o comportamento sexual dos vegetais, temos as plantas monóicas e dióicas a princípio.

As monóicas, possuem flores masculinas e femininas na mesma planta, porém separadas uma da outra. Já a dióica, possui plantas com flores masculinas apenas e plantas com flores femininas.

Por exemplo, se plantar um pé de abacate totalmente isolado de outros, ele não vai gerar frutos, porque possuem apenas flores masculinas ou femininas por planta.

Já uma outra categoria muito comum, é a planta hermafrodita, que possui as duas estruturas numa mesma flor.

Na maior parte das hermafroditas, ocorre um fenômeno natural para evitar a auto fecundação, que do ponto de vista genético é problemático, como cruzamento entre parentes próximos. Esse fenômeno consiste em barreiras físicas naturais na estrutura floral, para evitar o contato do pólen com o estigma. Outra estratégia, é o amadurecimento da estrutura masculina e feminina em momentos diferentes de seu ciclo para evitar que os materiais genéticos se encontrem, causando degenerações ao longo das gerações.

A botânica está repleta de exceções, por isso, estamos generalizando os casos, mas existem muitas informações que vão além de nossa abordagem.

Dentro dessas exceções,, existem plantas criptógamas, que não possuem flores, ou outras que só florescem em condições muitíssimos raras, e ainda têm algumas que possuem florada, mas, raramente, produzem sementes viáveis, a exemplo da banana. Neste caso, o recurso encontrado para a propagação da próxima geração, é por estruturas vegetativas e não sexuais, como mudas espontâneas, ramos, folhas ou raízes, a exemplo do abacaxi, amora, morango, aipim, cana, entre tantas outras espécies.

Em todos os casos, o que impera de verdade, é a necessidade urgente de transmitir os genes de agora para as próximas gerações.

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