Guilherme de Sá Santos

Engenheiro Agrônomo
CREA 2003103285
Graduação na UFES
GR Agrária – Unidade de Tratamento
de Resíduos Orgânicos

Guilherme de Sá Santos

Engenheiro Agrônomo
CREA 2003103285
Graduação na UFES
GR Agrária – Unidade de Tratamento
de Resíduos Orgânicos

Aprendemos na escola, que a cadeia alimentar quase sempre começa com um pequeno ser vivo que alimenta outros seres e assim por diante até alcançar o topo. Na verdade, devemos considerar que a matriz que origina essa relação é o solo, servindo de suporte físico e nutricional para as pioneiras formas de vida vegetal.

Os nutrientes, hora chamados de minerais, possuem uma dinâmica onde se movimentam de um lugar para outro a todo tempo, mesmo que isso passe despercebido a nossa atenção.

Quando restos orgânicos são descartados, aqueles nutrientes estarão incorporados ao solo, podendo servir de nutrição para outras formas de vida. Isso acontece o tempo todo, todos os dias. 

Por isso, a camada superficial do solo chamada de horizonte A, tem em média 30cm e representa a parte mais concentrada em nutrientes. 

Esses materiais orgânicos degradados são reduzidos até se transformarem novamente nos elementos minerais que estão prontos para alimentar outras formas de vida e darem sequência a cadeia alimentar.

Dentro da fisiologia vegetal, os elementos são classificados em macronutrientes primários, secundários e micronutrientes.

Se todos têm o mesmo nível de importância, por que essa classificação? Boa pergunta…

Isso se deve não a sua importância e sim devido a quantidade exigida. Os macronutrientes primários são exigidos em maior quantidade. Os macro-secundários são exigidos em quantidade intermediária. Já os micronutrientes são consumidos em pequenas quantidades, mas todos com o mesmo nível de importância. 

O nitrogênio, fósforo e potássio são os macronutrientes primários, sendo o primeiro, responsável principalmente pelo desenvolvimento vegetativo. Presente na molécula de clorofila, é fundamental para a fotossíntese, transmitindo o verde escuro as folhas, o que representa seu vigor. Presente também no DNA, está relacionado ao processo de divisão celular, resultando no crescimento da planta.

O fósforo participa principalmente do desenvolvimento das raízes, que é a estrutura responsável por captar os minerais do solo para alimentar toda a planta. Tem função importante também na produção de energia dentro da célula vegetal.

O potássio, também desempenha papel fundamental na fotossíntese, está presente na composição da parede celular oferecendo resistência mecânica para a sustentação e firmeza da planta. Possui papel fundamental no processo de produção das flores. 

O potássio é o principal responsável pela doçura e coloração dos frutos.

Os macro-secundários são três: O primeiro é o cálcio e se destaca na formação da madeira e de todas as partes rígidas como: sementes, fibras, casca de frutas e resinas. O segundo é o magnésio, que participa da fotossíntese, representando de 15 a 20% da constituição da clorofila e também participa na formação de proteínas importantes ao metabolismo vegetal.

O terceiro é o enxofre, que em conjunto com o nitrogênio,  participa da formação de hormônios, atuando também na fotossíntese e na formação de aminoácidos e enzimas.

Os micronutrientes por sua vez, são exigidos em tão pouca quantidade que geralmente o que está presente no solo, já satisfaz as necessidades das plantas, mas podem ser acrescentados se preciso.

A principal função dos micronutirentes é de gerar enzimas e compostos orgânicos que aceleram os ciclosmetabólicos dentro das células, sem os quais uma reação que dura segundos, poderia demorar horas ou até dias.

Observando a função de cada mineral, podemos agora perceber o nível de importância que tem cada um deles, independente da quantidade que a planta precisa; por isso, existe a Lei do Mínimo ou Lei de Libieg, explicando exatamente isso, em outras palavras.

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