A doença teve recentemente uma mudança de nomenclatura e hoje é denominada doença hepática gordurosa relacionada a distúrbio metabólico.
A doença é muito prevalente devido ao grande número de pessoas com obesidade. A doença é uma consequência da elevação do estoque de gordura no corpo, principalmente, na região abdominal. A esteatose hepática pode evoluir com complicações como: esteatohepatite, cirrose e hepatocarcinoma.
Além disso, a esteatose costuma fazer parte de um problema maior, a síndrome metabólica. Este paciente também pode apresentar:
* Hipertensão arterial;
* Triglicerídeos, ou colesterol elevados.
Por isso, é importante que este paciente se cuide como um todo, não apenas do fígado. Vale lembrar que a síndrome metabólica aumenta o risco cardiovascular, como o risco de infarto e avc.
Raramente a esteatose pode ter outras causas, como hepatite c, medicamentos, hemocromatose, álcool.
Todo paciente com sobrepeso ou obesidade deve realizar um exame para rastreio da doença. O principal exame para rastreio é de imagem e não exame de sangue. O paciente pode ter a doença e ter transaminases (exame de sangue) normais. Ao diagnosticar a doença temos que nos preocupar em avaliar se existe fibrose. A fibrose é o resultado de uma resposta cicatricial do fígado a agressões repetidas. É importante, que na presença de fbrose, o paciente seja encaminhado para o hepatologista para acompanhamento em conjunto.
Este paciente com esteatose deve ser orientado para mudanças do estilo de vida, para perda de peso. é importante a prática de atividade física de moderada a alta intensidade 3 vezes na semana e uma dieta com:
* Redução de carboidratos;
* Aumento de proteínas;
* Redução de gorduras saturadas;
* E aumento de fibras.
Para redução do peso, também pode ser necessário terapia farmacológica ou cirurgia bariátrica.
Uma curiosidade é que na última diretriz brasileira, de 2023, foi também recomendado de 1 a 3 xícaras de café (sem açúcar) por dia como parte do tratamento. Existem evidências que o café é benéfico na esteatose.
Já o álcool não é recomendada uma dose máxima, sendo recomendado ficar sem o álcool.
A pedra angular no tratamento é a mudança do estilo de vida, incluindo atividade física e dieta. Alguns medicamentos se mostraram benéficos nos estudos, devendo serem escolhidos de acordo com o grau da doença, a necessidade da perda de peso, podendo também ser necessário a combinação de medicamentos.
Novos medicamentos vêm sendo estudados e medicamentos já em fase final para chegar nas farmácias do Brasil, que promovem grande redução do peso corporal, também se mostraram eficazes na esteatose hepática.