Garantir um envelhecimento saudável, devolvendo independência e autonomia aos idosos, é a missão diária da renomada médica geriatra, Dra. Tatiane Pires Vianna. Com uma formação sólida em medicina pela Universidade Estácio de Sá, no Rio de Janeiro, e especialização em geriatria pela Faculdade Unimed, a Dra. Tatiane é um pilar de suporte para seus pacientes, dividindo seu tempo entre o consultório, o atendimento pelo Sistema Único de Saúde (SUS), cuidados domiciliares e momentos preciosos com sua família.
A paixão da Dra. Tatiane pela geriatria nasceu de sua experiência inicial em fisioterapia, também obtida no IseCensa, onde ela viu de perto a transformação que cuidados adequados podem proporcionar aos idosos. Inspirada pelo ex-sogro, o geriatra Pedro Otávio, que deixou um legado duradouro em Campos dos Goytacazes e região, a Dra. Tatiane se dedica a proporcionar um envelhecimento digno e cheio de vitalidade aos seus pacientes. Ela se destaca não apenas pelo seu conhecimento técnico, mas pelo seu cuidado humanizado e sua empatia, transformando vidas e trazendo esperança a muitas famílias.
SP – Por que escolheu fazer medicina?
TPV – Antes de cursar medicina, me formei em fisioterapia, uma área que me revelou a profunda necessidade de atendimento especializado na saúde. Durante um ano de trabalho na reabilitação de idosos, testemunhei como cada pequeno avanço e conquista traziam uma nova esperança e alegria aos pacientes e às suas famílias. Isso me encheu de realização, mas também de uma vontade crescente de fazer mais por essas pessoas. Minha convivência com Dr. Pedro Otávio, um renomado geriatra de Campos, também teve um papel fundamental na minha decisão. Vi de perto seu carinho, dedicação e o amor genuíno pela profissão e pelos pacientes. Ele era admirado não apenas por sua competência técnica, mas pela maneira humana e atenciosa. Essa combinação de habilidades e empatia me inspirou a seguir a carreira médica, com uma especialização em geriatria.
SP – A geriatria é uma especialidade voltada para a saúde dos idosos, mas a partir de que idade as pessoas devem procurar um especialista nesta área?
TPV – O recomendado é que as pessoas procurem um geriatra a partir dos 45 anos para iniciar um trabalho preventivo essencial. Segundo a OMS, uma pessoa é considerada idosa aos 65 anos, enquanto no Brasil, essa classificação começa aos 60 anos. Entretanto, alcançar essa fase da vida com saúde e equilíbrio depende da conscientização sobre a importância da prevenção desde cedo.
Quando um paciente chega ao consultório, realizamos uma avaliação completa, que inclui: exames genéticos, biológicos, clínicos e laboratoriais. Essa abordagem holística nos permite identificar e tratar possíveis problemas antes que se tornem graves. A prevenção é a chave para envelhecer com saúde.
SP – Hoje quais são os grandes desafios da geriatria?
TPV – O maior desafio na geriatria atualmente é a polifarmácia. Polifarmácia refere-se ao uso de cinco ou mais medicamentos diários por idosos, uma situação comum devido à consulta com vários especialistas que prescrevem diferentes medicações. Muitas vezes, essas prescrições visam tratar efeitos colaterais de outros medicamentos, criando um ciclo complexo de tratamentos.
A gestão desses medicamentos é crucial, já que os idosos frequentemente apresentam múltiplas comorbidades. A desprescrição, ou seja, a retirada cuidadosa de medicamentos desnecessários, é fundamental para evitar que os idosos fiquem prostrados, percam o apetite e vejam sua funcionalidade e autonomia diminuírem.
Nosso principal objetivo na geriatria é manter os idosos saudáveis, independentes e funcionais pelo maior tempo possível. Abordar a polifarmácia com uma estratégia de desprescrição responsável é essencial para atingir esse objetivo e garantir uma melhor qualidade de vida para nossos pacientes.
SP – É uma especialidade bastante desafiadora como você destacou, mas qual o lado gratificante?
TPV – O lado mais gratificante da geriatria é vencer os desafios e perceber que conseguimos devolver aos idosos a independência e autonomia que tanto desejam. Muitas vezes, além do cuidado médico, é o carinho e a atenção que fazem à diferença.
Quando não é possível curar completamente suas queixas, podemos aliviar seu sofrimento através de uma abordagem humanizada, proporcionando conforto e dignidade. Graças a Deus, tenho alcançado esses objetivos frequentemente. Ver um idoso recuperar suas funcionalidades, viver de forma mais digna e saudável, não tem preço. Esse é, sem dúvida, o aspecto mais gratificante da nossa profissão.
SP – Antes da medicina, você se formou em fisioterapia. Como essa formação te ajudou na medicina?
TPV – Durante um ano trabalhei na reabilitação de idosos, adquirindo um profundo conhecimento nesta área. A fisioterapia me proporcionou uma visão humanizada e individualizada do paciente, permitindo-me vê-lo como um todo, em vez de focar apenas nas comorbidades, como é comum na medicina.
O grande diferencial dessa dupla formação é a capacidade de diagnosticar e tratar queixas funcionais comuns entre os idosos, como dores poliarticulares, sem a necessidade de encaminhamento para outras especialidades. Com minha experiência em fisioterapia, posso realizar testes físicos durante a consulta, solicitar exames de imagem, medicar para alívio das dores e, quando necessário, encaminhar para reabilitação com um colega fisioterapeuta.
SP – Para atender de forma ainda mais ampla o paciente, a senhora está buscando uma nova especialização. Que especialização é essa e em que ela irá auxiliar no trabalho com idoso?
TPV – Em breve, começarei a me especializar em medicina esportiva e nutrologia, ambas voltadas para o cuidado com idosos. Esta nova formação permitirá um atendimento ainda mais abrangente e qualificado para meus pacientes. Tenho observado que muitos idosos fazem reposições hormonais e utilizam suplementos que, em alguns casos, podem afetar negativamente outras áreas da saúde. Para poder orientar e ajustar essas intervenções de forma segura e eficaz é fundamental ter conhecimento técnico especializado.
Minha intenção não é modificar o eixo hormonal dos pacientes, mas sim, garantir que as dosagens e suplementações sejam adequadas às suas necessidades específicas, evitando possíveis complicações.
SP – E como é dividido seu tempo de atendimento profissional e a família?
TPV – Sou casada com o engenheiro Rafael Brandão e temos uma filha de 1 ano e 8 meses, a Liz. Mesmo com a rotina agitada, sempre reservamos tempo para estar em família, seja à noite ou n
os fins de semana. A família é o ponto de recarga que me ajuda a enfrentar os desafios diários.
Além da família, meu segundo ponto de recarga que não abro mão é a minha atividade física diária, a musculação, onde recarrego minhas energias e mantenho minha saúde física e mental. Esse é um grande desafio também na geriatria, mostrar a importância da atividade física para reserva de força muscular, além disso, em todos os consensos, esse é o grande pilar de proteção contra doenças neurodegenerativas como a demência de Alzheimer. E lembrar que nunca é tarde para se começar uma atividade física!
Em relação ao meu trabalho, divido meu tempo entre o consultório particular, localizado na clínica Vacina/Plinio Bacelar (colocar a logomarca Vacina) – na Rua José do Patrocínio, 99 – Centro (colocar o símbolo do Maps)– telefone 22 3234-3430, (colocar o símbolo do tel) o Espaço Viver Bem da Unimed (colocar a logo do Viver Bem da Unimed) e atendimentos domiciliares. Pelo SUS, realizo atendimento no clube da Terceira Idade do município de São Francisco de Itabapoana. Além dos atendimentos presenciais, mantenho meu telefone sempre disponível para qualquer urgência com os pacientes.
A base do meu trabalho: é garantir o bem-estar e a qualidade de vida dos meus pacientes, enquanto encontro o equilíbrio necessário para cuidar da minha própria família.