Dra. Gabriela Dal Molin

Psiquiatra
CRM 52 0103650-5

Gaúcha, do município de Flores da Cunha, mas campista de coração há oito anos, a médica psiquiatra Gabriela Dal Molin, é uma das grandes referências na área da saúde mental em toda a região. Com a alegria e afetividade, herdadas da mãe, a professora e comerciante Rose Dal Molin, e a impulsividade e coragem do pai, o empresário Mauri José, Gabriela, começou a cursar medicina influenciada pelo pai e pelo irmão mais velho, Isaías, hoje cirurgião bariátrico, renomado no Rio Grande do Sul. Já na metade do curso de medicina, na Universidade de Caxias do Sul (UCS), ela teve a certeza de que seu caminho seria a psiquiatria, seja por vivenciar experiências familiares nessa área, seja pela admiração e inspiração que encontrou em um dos professores. A vinda para Campos aconteceu após a residência médica. Ainda no Sul, conheceu o cirurgião torácico – campista Ivan Azevedo. Hoje casada, mãe de três filhos, ela divide seu tempo entre o consultório particular, a Clínica Vila Verde, da qual é uma das sócias e diretora administrativa, a família e a corrida, esporte, que segundo ela, tem feito total diferença em sua vida.

SP – Quando surgiu à paixão pela medicina?

GDM – Sou filha de um empresário e de uma comerciante, daí vem meu lado empreendedor também, mas meus primos e meus padrinhos são médicos e desde cedo convivi com essa realidade. Meu irmão entrou na faculdade de medicina e a convivência com ele me acendeu de vez essa chama pela carreira. Sempre fui muito estudiosa, ajudava meus pais nos negócios, mas acabei focando bastante na medicina e segui os passos do meu irmão e dos meus primos e padrinhos.

SP – E quando a Psiquiatria entrou na sua vida?

GDM – Na metade da faculdade tive certeza de que seguiria a psiquiatria. Durante boa parte da minha vida acompanhei a situação do meu avô paterno, que sofria com uma doença mental e acabou sendo internado algumas vezes. Presenciei toda rotina da minha família, principalmente do meu pai, nesses momentos. Essa situação me aguçava a curiosidade de querer entender mais sobre a situação, e ao mesmo tempo, me despertava empatia, afeto e compaixão. Queria entender e ajudar tanto as pessoas que tinham a doença, como suas famílias e na faculdade tive um professor, chamado Carlos Ritter, que foi uma grande referência e inspiração nessa área. Quando terminei a faculdade comecei a residência em psiquiatria na PUC/RS.

SP – Como o município de Campos dos Goytacazes entrou na sua trajetória?

GDM – Foi exatamente quando estava fazendo a residência. No meio da especialização, conheci meu marido, o médico Ivan Azevedo. Ele é campista e me convidou a conhecer a cidade e as oportunidades na minha área. Assim que terminou a residência, em 2015, já me mudei pra cá, e aqui estou desde então. Meu primeiro emprego no município foi no Abrigo João Viana, depois entrei na Faculdade de Medicina de Campos, onde atuei por oito anos. Fui concursada no município de São João da Barra, mas pedi desligamento, para me dedicar mais ao consultório e aos novos projetos que começaram a surgir.  Atualmente, me dedico diariamente ao consultório psiquiátrico e aos meus investimentos correlacionados a Clínica Vila Verde e novo empreendimento no ramo infantil.

SP – Na vida profissional, a senhora divide o tempo entre o consultório e a Clínica, onde é sócia, mas tem mais novidade vindo por aí né?

GDM – Sim, sou uma pessoa muito inquieta e que tem muito esse espírito empreendedor do meu pai. Tenho meu consultório, que funciona no Edifício Lumina, na Rua Dr. Siqueira, 139, sala 501. Tem a clínica, onde sou diretora administrativa e sócia com mais quatro médicos psiquiatras, o Dr. Cláudio Teixeira, a Dra. Lana Maria, o Dr. Maurício Escocard e o Dr. Gabriel Escocard, que funciona na Av. Alberto Torres, 382, no centro de Campos. E agora eu e uma amiga estamos inaugurando um espaço de jogos e festas infantis no Shopping Boulevard, a You Play.

SP – A senhora falou da clínica, que é referência em Campos e na região em atendimento na área de saúde mental.
Também tem mudanças por lá né?

GDM – A Clínica Vila Verde, tem cinco anos em Campos, e esse foi um sonho de cinco psiquiatras que atuam em Campos. Não somos uma filial, ou uma franquia da Clínica Vila Verde de Juiz de Fora, somos parceiros, mas agora, decidimos que já podemos caminhar sozinhos e de forma mais independente, por isso estamos mudando o nome da empresa, que a partir de agora começa a se chamar Novos Rumos (colocar a logomarca). Continuaremos com todos os nossos serviços de excelência que sempre tivemos, como: a residência terapêutica, tratamentos para dependências químicas, Hospital Dia, ambulatórios…e ainda estamos inaugurando o Hospital Dia para Infância e Adolescência em uma nova casa, num local preparado para receber esse público. Além disso, temos planos de mudança de local com a Novos Rumos (colocar a logomarca) e com um ambicioso projeto, a expansão da Novos Rumos (colocar a logomarca) nos próximos anos, expandido para mais uma unidade fora do município de Campos.


SP – Durante muitos anos a psiquiatria foi um tabu para a sociedade. Muitos pacientes não queriam buscar os tratamentos por conta do preconceito, hoje a situação mudou?

GDM – Sem dúvidas, a situação já é outra, isso graças à informação, que está mais rápida e dinâmica. As pessoas hoje têm acesso ao conhecimento e começaram a entender que a saúde mental é tão importante quanto à física. Os trabalhos também na área de psiquiatria estão mais humanizados, o que deixa o paciente mais à vontade para buscar ajuda. A pandemia foi um período onde a psiquiatria foi fundamental na vida de muita gente. A saúde mental da população, inclusive de crianças e adolescentes ficou muito abalada. Hoje ainda tem gente que sofre com os reflexos dessa época, mas acredito que muitos conseguiram melhorar.

SP – Como é a Dra. Gabriela com a família?

GDM – Perdi minha mãe tem quatro meses, estou nesse processo de luto. Ela sempre foi minha referência, ainda morava no Sul, mas sempre estava aqui me ajudando com meus filhos, a gente também sempre ia para o sul vê-la, ver meu pai, minha família. Sempre foi uma mulher muito corajosa, que trabalhou muito, mas também, sempre muito afetiva e alegre e que dedicou muito do seu tempo para a família. Falo que minha mãe foi presente no básico, que deixou muitas saudades. Não é fácil esse processo. Nesse período tenho buscado muita força na minha família, meu marido, meus filhos, João, de 8 anos, Antônio, de 6 anos e Maria de 1 ano e oito meses. Sou uma mãe muito presente, mas que também trabalha bastante. Tento me dividir ao máximo e tenho pessoas maravilhosas que me ajudam tanto com meus filhos como no trabalho.

SP – A atividade física também tem sido uma aliada para essa rotina tão agitada?

GDM – Encontrei na corrida, uma forma de recarregar as energias. Adoro correr, meu treinador Fernando Fantinatti me ajudou e ajuda muito no incentivo da atividade física. E essa atividade tem sido também uma forma de aliviar a dor da perda da minha mãe. Quando corro a sensação é de liberdade, os pensamentos são realinhados. E tem uma frase, que sempre me acompanha na vida, que minha mãe me falava… “O céu é o limite, e você é do tamanho do seus sonhos”.

E é nessa frase que baseio a minha vida e da minha família. 

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