Dra. Giselly Barcelos Hentzy Eccard

Endocrinologista
CRM 52 8591-25

Dra. Giselly Hentzy é médica endocrinologista, mãe da Lara, casada com Gabryel Eccard, atende nas cidades de: Campos, São Fidélis, Italva e Macuco, todas no estado do Rio de Janeiro. Nesta entrevista, ela contará um pouco da sua rotina e dos desafios da profissão, ao longo dos seus 17 anos de atuação profissional.

SP – Dra. Giselly, como foi que a medicina entrou em sua vida?

GBHE – Desde a época do meu ensino médio, sempre nutri uma grande admiração por duas graduações, a medicina e a administração. A administração por referência dos meus irmãos, que têm uma empresa, mas, a medicina apenas me identificava mesmo. Então, me inscrevi no vestibular para ambas. Porém, antes mesmo de prestar o vestibular para administração, o resultado, com minha aprovação na Faculdade de Medicina de Campos me fez optar por seguir a medicina, onde me sinto muito realizada e feliz com a profissão que escolhi. Cursei a graduação entre os anos 2002 e 2008, em seguida fiz residência em clínica médica entre 2009 e 2010, no Hospital Escola Álvaro Alvim e depois, em endocrinologia, no Hospital Federal da Lagoa, no Rio de Janeiro, entre os anos de 2011 e 2012.

SP – E o peso do apoio da sua família nessa história, até sua formação?

GBHE – O apoio do Gabryel, meu marido, à época meu namorado, foi extremamente importante nessa construção, sempre me apoiou e incentivou, num contexto complexo, de mudança de cidade, pois eu sou natural de São Fidélis e precisei me mudar para uma cidade maior, diferente, cheia de novidades. Além de tudo isso, faltando um mês para eu terminar a residência, tivemos a nossa filha, a Lara, e esse suporte dele foi fundamental para que hoje eu estivesse realizada. Eu também jamais poderia esquecer a força da minha mãe, Maria Margarida, que embarcou nesse sonho comigo, ao ponto de se mudar para Campos e passar os primeiros anos aqui ao meu lado, não apenas no âmbito emocional, mas também financeiro, arcando com as despesas e as mensalidades do curso de medicina. Para mim, um exemplo de mãe e mulher.

SP – Por que a escolha pela endocrinologia?

GBHE – Ao longo da faculdade, vendo as especialidades na prática, vi que me despertavam interesse a cardiologia, a dermatologia e a endocrinologia, que me apaixonei, talvez por gostar muito de fisiologia.

SP – No universo da endocrinologia, qual é o segmento que mais atua?

GBHE – Eu atendo a todos os públicos, homens, mulheres, idosos, crianças, jovens e adultos. Sempre pautada pela medicina baseada em evidências, que são àquelas que têm estudos mais aprofundados, conferindo aos pacientes maior segurança e confiança. Mas nesse universo, os segmentos mais comuns de atendimento são: os acompanhamentos e tratamentos da diabetes, da obesidade, distúrbios da tireoide e menopausa.

SP – Falando em obesidade, quais são os motivos que mais levam os pacientes a procurá-la, sobre esse problema?

GBHE – Na maioria dos casos, os pacientes são mulheres, muito pela cultura de se cuidarem mais que os homens, mas também existem muitos casos por questões estéticas e vaidades, sobretudo, nos meses que antecedem o verão. Mas, não são apenas essas causas que motivam os pacientes, tem muita procura por questões de saúde, bem-estar e qualidade de vida, principalmente, quando alertados pelo aumento da esteatose hepática. Nunca é demais lembrar que a obesidade é uma doença crônica e necessita de acompanhamento e manutenção permanentes, não apenas uma determinada época do ano, tão pouco, apenas ao atingir determinados objetivos como, por exemplo, emagrecer.

SP – E os distúrbios da tireoide? Quais são?

GBHE – Os problemas da tireoide são o hipertireoidismo, que culmina na perda desproporcional de peso, ao contrário do hipotireoidismo, que dificulta a perda de peso, mas não é só isso. As alterações dos hormônios da tireoide se manifestam por todo o corpo, agindo em quase todos os órgãos, causando cansaço excessivo, perda de memória, queda de cabelo, alterações de humor, da pressão arterial, arritmias e afeta ainda a parte cognitiva, principalmente, em idosos. Por isso é muito importante o acompanhamento com exames.

SP – Já em relação a diabetes, quando os pacientes procuram ajuda profissional?

GBHE – Em geral, pessoas que têm histórico familiar, ou àqueles que passaram dos 40 anos, pois o surgimento da diabetes poder ser assintomático, no entanto, os mais comuns são aqueles que apresentam alguns sintomas.

SP – Quais são os sintomas da diabetes?

GBHE – Os principais sintomas são: o emagrecimento sem mudanças de hábitos, aumento da vontade de urinar que, por sua vez, aumenta a sede e a boca seca, formigamento nas pernas, tontura, entre outros.

SP – E os casos em que aparecem formigas no entorno da urina?

GBHE – O surgimento de formigas próximas ao local onde esteja urina é um indicador de que a glicose está mais alta no organismo, acima de 180 mg/dL, sendo o açúcar eliminado pela urina, como modo de defesa do organismo.

SP – Existem tipos de diabetes, quais são esses tipos?

GBHE – Existem vários tipos de diabetes, os mais comuns são os tipos 1 e 2. Outros tipos não tão comuns também merecem atenção. A diabetes do tipo 1 tem origem autoimune, quando o próprio organismo desenvolve anticorpos que atacam o pâncreas, levando-o a alteração na produção da insulina. Por este motivo, seu tratamento é feito, exclusivamente, com insulina. É mais comum entre crianças e adolescentes. Já na diabetes do tipo 2 ocorre uma resistência insulínica, onde o pâncreas produz, mas não age de forma adequada ou suficiente. Seu tratamento é com medicamentos, mas, podendo também, ser tratada com insulina. Entre os outros tipos de diabetes existem àquele que surge pelo uso de medicamentos como, por exemplo, corticoides, há o tipo que surge após uma pancreatite, tem a diabetes gestacional, que pode ou não permanecer nas mamães, dependendo de cada organismo, entre outros.

SP – Para não deixar de falar da menopausa, qual é a idade média do seu surgimento e quais os principais sintomas?

GBHE – A menopausa é a última menstruação da mulher, a idade média é aos 51 anos, porém, antes existe a perimenopausa, fase em que já se inicia uma alteração hormonal e surgir os primeiros sintomas, a partir dos 40 anos. Os principais sintomas são: fogacho (aquele calor excessivo), aumento da circunferência abdominal, secura vaginal, queda de cabelo, insônia, redução da libido, alterações urinárias e osteoporose.

SP – Pode a menopausa interferir na parte psicológica da mulher?

GBHE – Sim, claro. Existem diferentes tipos de pacientes e isso muda de pessoa para pessoa, seja na forma como os sintomas se apresentam, em sua intensidade ou não, seja na forma como a paciente se comporta em relação ao tratamento, ou até mesmo como são os hábitos da paciente. Muitas pacientes apresentam alterações de humor, irritabilidade e até mesmo depressão, outras não apresentam com tanta intensidade. Ainda assim, o acompanhamento a partir dos 40 anos é indispensável para todas.

SP – Como as mulheres podem diminuir os efeitos dos sintomas da menopausa?

GBHE – As melhores maneiras de diminuir ou suavizar os efeitos dos sintomas são: a mudança de hábitos alimentares, a prática de atividades físicas, evitar excessos de álcool, tabagismo, drogas, etc…é interessante também considerar e avaliar a indicação de terapia de reposição hormonal. SP – Quais são os maiores desafios para um(a) endocrinologista?

GBHE – O acesso irrestrito à informações não comprovadas, cientificamente, através da internet, principalmente, em relação às questões hormonais, automedicação, excessos de vitaminas, uso indiscriminado de anabolizantes, tanto por homens, como por mulheres. A informação é importante, mas o conhecimento profissional é indispensável. Por isso, recomendo sempre a consulta com um médico, antes de tomar qualquer decisão. Esse é o meu foco enquanto médica, fazer uma investigação mais criteriosa e aprofundada, em todos os casos, para que exames possam auxiliar nos diagnósticos e, consequentemente, nos tratamentos, de forma mais assertiva e objetiva.

SP – Onde a senhora realiza seus atendimentos?

GBHE – Atualmente, eu realizo atendimentos nos seguintes locais:

Campos-RJ

Ed Connect Work: Rua Saldanha Marinho, 450/316

22 999009081 (colocar o símbolo do whatsapp)

São Fidélis-RJ

Clínica Multmed: Rua Dr. Faria Serra, 47 – Centro

22 997532397 (colocar o símbolo do whatsapp)

Italva-RJ

Clínica Fonoclin: Rua Francisco José, 13 – Centro

22 999776783 (colocar o símbolo do whatsapp)

Macuco-RJ

Prefeitura Municipal de Macuco

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