Dra. Luize Lança 

Dr. Walid Khenaifes 
Urologista
CRM 52 24727-6

Dra. Luize Lança 

Dr. Walid Khenaifes 
Urologista
CRM 52 24727-6

A disfunção erétil (DE) é uma das doenças mais comuns em homens, e sua prevalência aumenta com a idade. Além disso, pessoas idosas apresentam outras comorbidades cujos tratamentos, também podem ter impacto na função sexual. Então, a associação de medicamentos para tratar a disfunção erétil tem interações potenciais com os demais medicamentos que podem interferir na eficácia e segurança global do paciente e deve ser analisada com cuidado.

Provavelmente, a DE ocorre mais em homens idosos, porque se associa aos mesmos fatores de risco das doenças cardiovasculares: hipertensão arterial, diabetes melitus, hiperlipidemia, tabagismo e obesidade. Há evidências de que o tratamento dessas condições previne a DE por melhorar o endotélio vascular sistematicamente. Há dados que correlacionam às lesões do endotélio e os mesmos fatores de risco para disfunção endotelial estão presentes nos pacientes com DE. Por isso, acredita-se que possa ser uma manifestação inicial de disfunção endotelial em homens com ou sem doença cardiovascular e homens com DE podem ser considerados potenciais portadores de risco para doenças cardiovasculares.

Há ainda alterações do pênis que ocorrem naturalmente com a idade. Por exemplo, há uma evidente alteração arteriosclerótica que aumenta com a idade no leito arterial do pênis. A própria disfunção endotelial compromete a vasodilatação, pois a produção de óxido nítrico pelas células é alterada. Outra condição observada no pênis de homens idosos é a diminuição da quantidade de músculo liso e substituição por colágeno que diminui a expansibilidade do tecido erétil, prejudicando todo o mecanismo da ereção.

As comorbidades mais comuns em homens com DE são: diabetes, hipertensão arterial, insuficiência coronariana, AVC, lesões medulares, doença de Alzheimer, doença de Parkson, depressão e transtorno bipolar. Duas condições são grandes desafios em pacientes com DE e comorbidades: a participação da doença de base e interações medicamentosas.

A diabetes está relacionada à DE. À medida que homens diabéticos envelhecem têm maior incidência de moderada a severa. Quem controla bem a diabetes tem menor probabilidade de apresentar a DE.

A hipertensão arterial é outra doença associada. Alguns fármacos usados no tratamento da hipertensão arterial têm impacto na DE. Homens com pressão sistólica acima de 140mm Hg têm mais que aqueles abaixo dessa marca.

Em relação às doenças cardíacas, descobriu-se que o surgimento de DE pode anteceder um evento cardiovascular em 2 a 5 anos. Tal fato ocorre porque ambas as condições têm a mesma causa que é a disfunção endotelial. A doença coronariana também se associa a DE e o tratamento concomitante de ambas as condições é seguro desde que se evite a associação de sildenafil e seus derivados com os nitratos tipo monocordil.

O tratamento na população idosa passa por várias etapas sempre se considerando as características dessa faixa etária.

Cabe ao médico oferecer informações realistas sobre o que esperar do tratamento e aconselhamento do casal, se necessário, para definir objetivos.

Mudanças no estilo de vida, mudanças de medicamentos (se possível) e utilização de sildenafil ou seus derivados são comumente empregados no tratamento.

Além da medição oral, das drogas vasoativas para injeção intracavernosa e das próteses penianas, existem tratamentos alternativos modernos em uso no mundo inteiro – como um aparelho que emite ondas de choque (trauma) totalmente indolor, não invasivo e não necessita de anestesia, que atravessando os tecidos promove microtraumas locais e como consequência, ocorre um aporte de proteínas nessa região que estimula a formação de novos vasos sanguíneos (neovascularização).

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