Dr. Frederico Cesário

Otorrinolaringologista
CRM 52 67317-0
Especialização em
otorrinolaringologia na UNIRIO.

Dr. Frederico Cesário

Otorrinolaringologista
CRM 52 67317-0
Especialização em
otorrinolaringologia na UNIRIO.

Vários estudos associam a apneia do sono a problemas como: diabetes tipo 2, derrames, ataques cardíacos e até uma expectativa de vida mais curta. Por que essa conexão? Primeiro, a obesidade é fator comum nesses pacientes o que aumenta, significativamente, os riscos dos problemas apresentados. Na maioria dos casos, a obesidade é a principal culpada por ambas as condições.

Ainda assim, é importante observar que nem todas as pessoas com apneia do sono são obesas e evidências sugerem uma ligação independente com a diabetes. Hoje, observa-se que a apneia do sono pode aumentar os níveis de açúcar no sangue, sem relação exclusiva com a obesidade.

Para pessoas com sobrepeso ou obesas, a perda de peso é fundamental, uma vez que acúmulos de gordura no pescoço, na língua e na parte superior da barriga tornam as pessoas especialmente vulneráveis ​​à apneia do sono. Já que esse peso reduz o diâmetro da garganta e pressiona os pulmões, contribuindo para o colapso das vias aéreas durante o sono.

As mulheres, em particular, devem ter cuidado à medida que envelhecem. Antes da menopausa, mulheres tendem a ganhar peso nos quadris e na parte inferior do corpo. Com o tempo, isso muda e o peso começa a se acumular em áreas tradicionalmente “masculinas”, como a barriga, aumentando as chances de apneia do sono.

Após a menopausa, com a mudança dos hormônios, os ganhos de pessoas assemelham-se aos dos homens, fazendo com que comecem a alcançar as mesmas taxas de apneia masculina. O tratamento é importante, para evitar consequências a longo prazo para a saúde. Embora sejam raras as mortes relacionadas à apneia do sono, o verdadeiro risco advém dos danos causados ​​ao longo do tempo.

A apneia obstrutiva do sono pode variar de leve a grave, com base em um sistema de medição chamado índice de apneia-hipopneia (IAH). O IAH mede o número de pausas respiratórias por hora de sono. A apneia obstrutiva do sono é classificada por gravidade: apneia obstrutiva grave do sono significa que seu IAH é maior que 30 (mais de 30 episódios por hora). Apneia obstrutiva do sono moderada significa que seu IAH está entre 15 e 30. Apneia obstrutiva leve do sono significa que seu IAH está entre 5 e 15.

A necessidade ou não do tratamento depende da gravidade, da presença ou não de sintomas como sonolência e de outras condições de saúde. Por exemplo, se você tem fatores de risco para doenças cardíacas, seu médico pode optar por tratá-lo, mesmo que seja uma apneia leve. Por outro lado, se você tiver um caso grave, seu médico pode insistir no tratamento mesmo que você não esteja com sono.

A principal opção de terapia é um dispositivo respiratório chamado CPAP, ou aparelho de pressão positiva contínua nas vias aéreas. Ele canaliza ar umidificado pelo nariz, criando pressão para manter a garganta aberta durante o sono. Isso evita pausas na respiração. É o tratamento de primeira linha e muito eficaz, segundo vários estudos recentes, em que se analisou o que acontece com o metabolismo à noite quando pacientes que não o aplicam. Estudos mostraram que a apneia resultante causava um pico nos níveis de açúcar no sangue, frequência cardíaca, pressão arterial e hormônios do estresse.

Resultados apontam que o uso regular de CPAP reduz a pressão arterial e melhora a vigília durante o dia. Alguns pacientes também relatam melhora na qualidade de vida. Foram observados ainda o menor risco de derrame e ataque cardíaco, além de menor glicemia nos diferentes grupos.

Se você ou seu parceiro notarem sinais de apneia do sono, marque uma consulta. Podemos solicitar um teste, que usa um equipamento para monitorar sua respiração e os níveis de oxigênio enquanto você dorme. Você ficará mais tranquilo sabendo dos resultados.

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