Vivian Cordeiro de Sá

Psicóloga
CRP 05/42054
Neuropsicologia pela UNIG
Especialista em Terapia Cognitivo Comportamental pelo ISECENSA

Vivian Cordeiro de Sá

Psicóloga
CRP 05/42054
Neuropsicologia pela UNIG
Especialista em Terapia Cognitivo Comportamental pelo ISECENSA

Nos últimos anos, as plataformas sociais se integraram à rotina dos jovens, influenciando a comunicação e a formação da identidade. O acesso constante às plataformas digitais promove ligações imediatas e o compartilhamento de momentos, mas levanta receios, sobretudo, quanto à saúde mental.

A exposição contínua a materiais idealizados nas redes pode levar à deturpação da imagem que os jovens têm de si. Imagens retocadas e vidas aparentemente perfeitas estabelecem padrões ilusórios de beleza e sucesso, fomentando comparações nocivas. Esse quadro se associa a problemas como: ansiedade, insegurança e depressão, prejudicando o bem-estar emocional dos jovens.

Além dos efeitos psicológicos, o uso descomedido das redes compromete a concentração e o aprendizado. A busca por conexão constante reduz a capacidade de atenção, dificulta a assimilação do conteúdo acadêmico e impactando no desempenho escolar. Os dispositivos móveis, que poderiam ser ferramentas de apoio, acabam gerando distrações constantes.

Para lidar com esses desafios, as escolas buscam implementar medidas para mitigar os impactos negativos das redes sociais. Uma das iniciativas notáveis é a proibição do uso de celulares nas escolas, com o objetivo de melhorar o ambiente escolar e incentivar interações presenciais saudáveis.

Essa medida visa diminuir distrações, ampliar o envolvimento dos alunos nas atividades pedagógicas, promovendo uma maior participação dos estudantes, que interagem mais com os colegas e desenvolvem habilidades sociais essenciais. A ausência de celulares promove um aprendizado mais focado, intensificando e fortalecendo a dinâmica das aulas.

O distanciamento das redes sociais durante o período escolar também favorece a saúde mental dos jovens, diminuindo a exposição a conteúdos danosos e a busca por validação através de curtidas e comentários. Dessa forma, os alunos começam a desenvolver uma relação mais equilibrada com a tecnologia, reconhecendo sua importância sem comprometer sua autoestima e bem-estar.

A restrição dos dispositivos móveis também incentiva o aumento das interações face a face. O convívio social sem a interferência digital fortalece os vínculos, estimula o desenvolvimento da empatia e aprimora a comunicação interpessoal. Com menos distrações, os jovens valorizam mais as conexões reais, envolvem-se ativamente no ambiente escolar e exploram formas alternativas de aprendizado e entretenimento, como: leituras, trabalhos em grupo e atividades criativas.

Adotar uma postura que envolva tanto o conhecimento dos impactos das mídias sociais quanto a restrição do acesso a telefones celulares nas instituições de ensino, representa um avanço significativo para o bem-estar psicológico dos jovens. Enquanto a tecnologia permanece uma aliada essencial para o aprendizado e o desenvolvimento pessoal, seu uso precisa ocorrer de forma equilibrada para assegurar que não prejudique a saúde mental.

O futuro aponta para um modelo educacional focado no fortalecimento das relações humanas e no aprendizado presencial, com menos interferências digitais e maior atenção ao bem-estar emocional. A proibição dos celulares, aliada a programas de educação digital, é um passo fundamental nessa transformação.

Com a orientação adequada, os jovens podem construir uma relação mais saudável com a tecnologia, aproveitando seus benefícios sem renunciar à qualidade de vida. O equilíbrio entre o digital e o presencial é essencial para desenvolver autonomia, autoconfiança e relações sociais mais genuínas.

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