Dra. Gabriela Dal Molin

Médica Psiquiatra
CRM 52 0103650-5
RCE 27 031
Residência em psiquiatria pela PUC/RS
Diretora Administrativa da Nova Rumos

Dra. Gabriela Dal Molin

Médica Psiquiatra
CRM 52 0103650-5
RCE 27 031
Residência em psiquiatria pela PUC/RS
Diretora Administrativa da Nova Rumos

Prazer, sou Gabriela, mais conhecida como mãe do João, Antônio e Maria. A mulher que se toma mãe, sabe bem como num pequeno instante, quando o bebê chega, toda a vida se transforma. E não é só pelo amor. É pela dor também. A dor do parto, do pós-parto, a dor na alma que o puerpério e toda a sua bagunça de hormônios provoca. Enfim, todas as transformações que acontecem na vida de uma nova mãe.

Maternar é algo realmente lindo, é o amor mais genuíno que existe no mundo, sem dúvidas. Mas, também não deve ser romantizada. Existem diversos momentos que não estamos bem. Maternidade é dicotomia dos extremos. Os mais altos e baixos. Intensa realização e insana frustração. Amor que domina por completo e exaustão que toma conta de você. Costumo dizer que o maternar é único de cada mãe e não existe a fórmula certa de ser a melhor mãe, existe o encaixe dentro das características singulares de cada uma e da sua família. Gostaria de dizer que não temos que ser a melhor, até porque não existe 100% e o ser humano necessita da falta também para crescer.

Você, que está lendo esta carta, aí do outro lado, se você vive a maternidade, sabe exatamente o significado de tudo isso. Maternidade por transformar você numa alma cansada, por isso, desejo do fundo do meu coração que você mãe, se cuide.

Crescemos em uma sociedade onde ouvimos o tempo inteiro que ser mãe é ser perfeita, não ter medo, estar sempre pronta para defender e lutar por seus filhos. Acreditamos que temos que ser perfeitas e não demonstrar fraquezas diante das dificuldades. Nos comparam sempre com uma Leoa, que simboliza força, resistência, garra e determinação. Fazem da mãe um ser dotado de superpoderes, quando na verdade, somos seres humanos, e sentimos, vivemos e caímos também várias vezes durante nossa caminhada.

A cobrança da sociedade e nossa para cuidarmos impecavelmente de nossos filhos é latente e diário, mas a gente sempre esquece do principal: Para cuidar de alguém, temos que estar bem. Precisamos cuidarmos de nós primeiro. Então chegou a hora de se perguntar: Quem cuida de mim, para que eu possa cuidar do meu filho. Quem está ao meu lado, quando eu me sentir fraca e precisar de ajuda?

Essas são apenas algumas das perguntas que você deve fazer para que seu físico, seu emocional e sua saúde mental estejam equilibrados. Não se sinta obrigada a dar conta de tudo o tempo inteiro. Não tenha vergonha de pedir ajuda, e de dizer que está pesado demais dar conta de tantas funções ao mesmo tempo.

Cuide dessa pessoa que você é:

* Mãe;

* Esposa;

* Dona do seu lar;

* Profissional…

Somos muitas em uma só, somos mulheres. E somos seres cheios de desejos, de vulnerabilidades, de dor, mas também, de amor. Permitam-se namorar, passear, relaxar, mesmo que por poucos minutos. Organizem seu tempo, e mais que isso, peçam ajuda quando necessário.

Desejo que você, mãe possa viver a maternidade da melhor forma possível, mesmo em meio às dificuldades do dia a dia. Que o papel de mãe, esposa, namorada, profissional, cuidadora, avó, irmã, e tantos outros papéis desempenhados, não afastem a sua vontade e determinação de ser apenas você.

Todo meu carinho,

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