A detecção precoce é o melhor caminho para a diminuição da mortalidade causada pelo câncer de mama.
Detecção precoce é a condição básica para saúde da mulher, incluindo, não só a realização dos exames periódicos, mas, também, a qualificação dos profissionais que realizam o atendimento.
O rastreamento que é a realização periódica da mamografia na população feminina de risco ou nas acima de 40 anos, sem sintomas da doença, é o método mais eficaz para redução da mortalidade pelo câncer de mama.
O exame é capaz de detectar a doença em estágios iniciais, menor que 1.0cm, quando as chances de cura são maiores, proporcionando melhor qualidade de vida para essas mulheres.
Para avaliação mamográfica satisfatória é importante um conjunto de profissionais capacitados, começando por corpo técnico com treinamento específico para realizar um bom exame; um excelente equipamento de mamografia, rigorosamente acompanhado por um controle de qualidade rígido, para que haja precisão absoluta na avaliação das lesões, com médico radiologista qualificado para avaliação destes exames, ginecologistas e mastologistas que avaliarão os exames mamográficos, conduzindo estas pacientes para diagnóstico e tratamento adequado, garantindo a qualidade de vida buscada no diagnóstico precoce.
Importante lembrar que a detecção precoce salva mais vidas que o tratamento do câncer de mama, significando que, embora, se tenha hoje um arsenal terapêutico, como: quimioterapia, radioterapia e cirurgia contribuindo para aumentar as chances de vida ou melhor, aumentar a sobrevida da mulher, não evitam a morte, quando diagnosticado em fase avançada.
A detecção precoce, a busca pelo achado do câncer inicial é que salva vidas.
Experiência mundial mostra que o rastreamento consegue diminuir a mortalidade pelo câncer em torno de 30% para as mulheres na faixa etária de 40 a 75 anos.
A previsão estatística do INCA (Instituto Nacional do Câncer) é que ocorram 49.400 novos casos de câncer, correspondendo de 50 a 71 novos casos por 100.000 mulheres. Isto significa dizer que, com o rastreamento podemos salvar 31% dessas mulheres, significando salvar no mínimo 15.000 mulheres.
Diagnóstico precoce é fundamental, portanto, conscientização, deve ser um trabalho de massa, governamental ou não, que tenha como resultado a redução da mortalidade pelo câncer de mama.
Chamamos de câncer de intervalo, aquele tumor mamário que aparece após uma mamografia de rastreamento, considerada negativa, antes que seja solicitada a próxima mamografia periódica. O câncer de intervalo pode mostrar a todas as mulheres a importância do autoexame, pois, podem descobrir anormalidades nas mamas que podem salvar suas vidas.
A tríade: autoexame mensal, exame clínico e mamografia anual é fundamental para diagnóstico precoce, saúde da mulher, reduzindo a taxa de mortalidade pelo câncer de mama, salvando vidas.
No autoexame das mamas podem ser detectados: nódulos, sangramento ou secreções escuras nos mamilos, áreas de retração da pele ou do mamilo, endurecimentos localizados ou inflamação.
Tudo isso, facilita o diagnóstico precoce
O auto-exame deve ser realizado mensalmente, a partir dos 18 anos, sempre no período pós-mestrual. Nas mulheres que não têm mais ciclo, deve ser escolhida uma data no mês e, realizado assim, o autoexame, sempre naquela data.
A mamografia deve ser feita a partir dos 40 anos de idade, anualmente, por recomendação da OMS. Como medidas práticas para otimizar a detecção do câncer de mama e reduzir o câncer de intervalo, é necessário dispor de mamografias de elevada qualidade técnica e condições de leitura adequada, comparando sempre com os exames anteriores, na busca de mínimas alterações que possam detectar o câncer. Daí, a importância da mulher guardar sempre seus exames anteriores para comparação com o exame atual, sempre.