O verão já começou e o sol está a pino! Nesse momento,
a praia é o programa preferido das horas de folga. Após algum tempo curtindo o
mar e o sol, as guloseimas ofertadas pelos vendedores nas areias começam a nos
tentar, certo?! Mas, é importante lembrar que as altas temperaturas típicas da
estação favorecem a contaminação dos alimentos por microorganismos. É grande a
incidência de infecção intestinal proveniente da ingestão de alimentos
contaminados devido à manipulação inadequada associada à exposição a altas
temperaturas. Os principais sintomas são: diarréia, dor abdominal, febre, dor
de cabeça, mal-estar, desidratação e calafrios.
É verdade que passar muito tempo na praia sem se
alimentar não é aconselhável, mas alguns cuidados são importantes. Para que
consumir alimentos nas praias? Não leve a saúde a correr maiores riscos. Então,
fique atento!
Água: é de grande
importância a procedência da água utilizada para fazer os lanches, sucos e
picolés. Não é aconselhável o consumo destes produtos de marcas e
estabelecimentos desconhecidos, tampouco garrafas de água sem o lacre de
segurança.
Gelo: o gelo usado para sucos, caipirinhas e batidas não deve
ser o de barra, pois esse tipo de gelo, normalmente, não é produzido com água
potável. O congelamento não mata bactérias. Então, se a água com a qual o gelo
for feito estiver contaminada, o gelo também estará.
Camarão: no
camarão fresco, a casca sai íntegra. Se ele estiver meio pastoso, grudento, sem
sair facilmente da casca, não deve ser consumido.
Ostras: um aperitivo saboroso e ao mesmo tempo, um vilão para
os desinformados! Consumidas normalmente com sal e limão, as ostras cruas podem
abrigar diversas bactérias e serem retransmissoras de doenças como a cólera e
salmonelose. O aquecimento, muitas vezes, também não é eficiente, uma vez que
pode não eliminar algumas toxinas que estejam presentes na ostra. Para se
consumir ostras com segurança, elas devem estar vivas e terem sofrido um
processo de depuração em água clorada por no mínimo 24 horas.
Pastel: o óleo
utilizado para a fritura do pastel deve estar limpo. Se o óleo estiver escuro
solicite a troca do mesmo, pois pode estar com toxinas que causam mal à saúde.
Os recheios de menor risco são os de queijo e tomate.
Sanduíche Natural:
a maioria dos sanduíches
naturais são feitos com maionese, portanto tem que estar refrigerados. É
importante que os sanduíches sejam armazenados em caixa de isopor e na mesma,
deve haver gelo para manter a temperatura baixa. Atenção: a maionese nunca pode ser caseira, pois é feita artesanalmente e
é o alimento com maior risco de contaminação pela salmonela.
Água de Coco: a água de coco gelada tem alto poder de hidratação. Mas,
pode haver contaminação na casca do coco, no facão usado em sua abertura e nos
canudos, que podem ser reaproveitados. Retire você o canudo da embalagem e ao
comer a polpa suculenta, não utilize a paleta feita com a casca.
Queijo Coalho: o
produto deve ser armazenado a 6ºC, o que não costuma ocorrer nas praias. O
queijo, espetado em palito, fica fora da geladeira por horas. Então, se não
estiver armazenado em isopor com gelo, esqueça o queijo! O mais difícil é saber
a procedência do queijo, mas se ele estiver corretamente armazenado e você
pedir para assar totalmente, o risco diminui.
Devemos estar atentos à qualidade e à procedência dos
alimentos e observar as condições de higiene das barracas de comidas, assim
como: o aspecto, a coloração e o odor dos produtos que vamos consumir. Curta o
verão com saúde!