Posso evitar?
Até
o momento, a resposta é não, mas a boa notícia é que você pode retardá-la, ou
seja, fazer com que ela inicie mais tarde.
O
grande fator de risco para desenvolver a doença de Alzheimer
é a idade, os riscos aumentam quanto mais velho for o indivíduo. O
envelhecimento considerado fisiológico, acarreta diminuição gradual das funções
cognitivas sem trazer grandes prejuízos, mas, as funções cognitivas que
resultam em perda de independência funcional e impactam no cotidiano do nosso
paciente é preocupante e pode ser Alzheimer.

Então,
como podemos fazer para que a doença se inicie o mais tarde possível?
Hábitos de vida saudáveis! A doença de Alzheimer não é só determinada geneticamente, e sim,
sofre influências de fatores ambientais e estilo de vida, sendo influenciada
pela presença de:
*
Hipertensão arterial;
*
Diabetes;
*
Colesterol elevado;
*
Obesidade;
* E
presença de traumatismo craniano prévio.
Diante
do exposto, manter uma dieta saudável, prática de atividades física regular,
controlar os níveis vitamínicos no sangue e levar a sério exercícios de
estimulação cognitiva que trabalhem, principalmente a memória, podem fazer
extrema diferença.
A maior parte dos casos transmitidos de
forma hereditária acontecem com início antes dos 65 anos correspondendo a menos
de 5% dos casos de doença de Alzheimer, sendo
assim, mais raros.
Com o aumento da população mundial e a
longevidade, a prevalência de doenças neurodegenerativas está cada vez maior.
Nós sabemos como é importante cuidar da saúde de maneira integral com uma
equipe de profissionais multidisciplinar. Para nós, geriatras,
um paciente é toda uma família, por isso, sugerimos atividades de estimulação
cognitiva para todas as pessoas que querem manter suas habilidades gerais, evitando
prejuízos cognitivos, limitações funcionais e melhora na qualidade do
envelhecimento, através de ferramentas específicas para memória.
Fiquem atentos, pois, esquecer nomes de
objetos, de familiares próximos, não reconhecer o ambiente familiar, não
conseguir reter informação nova, lutar para encontrar as palavras certas e o
vocabulário apropriado, mudar seu comportamento ou até mesmo, a personalidade
podem ser sinais de início da doença de Alzheimer.
Os estudos científicos estão a todo vapor, e
cada vez mais nos motivam a realizar oficinas que trabalhem a memória, a
atenção, a linguagem e a velocidade de processamento dos nossos pacientes. A neuroplasticidade (capacidade do cérebro de formar
novas memórias) é a nossa base para intensificarmos nossos grupos, onde
trabalhamos a cognição do nosso idoso de forma criativa com embasamento
técnico, sem nunca esquecer das emoções, pois sem elas, não há memória!
A nossa dedicação será sempre para
preservar ao máximo a autonomia e independência do nosso paciente, encontrando
a farmacologia mais adequada, evitando a polifarmácia e trazendo tratamentos
assertivos e que de fato possam postergar a doença em questão. O diagnóstico
precoce através de uma avaliação neuropsicológica ampla (testes científicos),
exames de imagem e exclusão de causas reversíveis de demências, serão sempre
fundamentais e elucidatórios para nossa conduta e bem-estar do paciente.
Acreditamos
mais em atividades de grupo do que de estímulos individuais, a socialização
deve fazer do processo sempre que possível. Cuide da sua saúde mental e do seu
familiar. Precisamos estar em alerta para não deixar passar sintomas.
Diferenciando o que é normal do que é doença.
Trabalhe
seu cérebro e aumente a sua reserva cognitiva!