A obesidade
é considerada um problema de saúde pública, caracterizada pelo excesso de
gordura no corpo, acarretando inúmeros prejuízos para saúde mundial. Além dos
problemas fisiológicos, é possível associar o excesso de peso com problemas
sociais, como os “corpos perfeitos” divulgados pelas mídias e diversos fatores
psicológicos. A obesidade tem como origem
múltiplos fatores, envolvendo aspectos ambientais e genéticos, apresentando
elevada prevalência no Brasil. Segundo uma pesquisa do Ministério da Saúde, indica que
53% da população brasileira estão com excesso de peso e 45,8% praticam uma
atividade física insuficiente. Os valores foram registrados na Vigilância de
Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (fonte: http://agenciabrasil.ebc.com.br).
O exercício físico e a musculação aparecem como
possibilidades para a diminuição do excesso de peso sem o uso de medicações.
Nos dias atuais, a musculação é uma das práticas esportivas que está mais
presente no cotidiano das pessoas, devido ao crescimento das academias. Uma das
estratégias para o tratamento da obesidade é a realização de atividade física
regular, visando o gasto calórico, e o aumento de massa magra com os
treinamentos resistido, que além do controle dos níveis séricos de glicose,
triglicerídeos e colesterol, promove um aumento no metabolismo e assim, maior
gasto energético.
A realização de atividade física acarreta inúmeros
benefícios, como: a melhora na autoestima, aumento da força e tônus muscular,
associado também na diminuição da depressão. A prática do treinamento resistido
(exercício físico realizado com pesos adicionais, podendo ser objetos ou o
próprio corpo) está associado à promoção da saúde e na prevenção de diversas
condições, como diabetes, hipertensão arterial e obesidade.
Embora o treinamento resistido seja eficiente nos programas
de atividade física, sua prática ainda é negligenciada, havendo uma elevada
recomendação por exercícios aeróbicos, inclusive para os praticantes obesos. Entretanto,
um estudo indica que exercícios mais vigorosos têm maior eficácia para ganho de
massa muscular e perda de gordura corporal (Zemková E, et al. muscular
power during a lifting task increases after three months of resistance training
in overweight and obese individuals. sports, 2017);
A obesidade é um problema mundial e atinge todas faixas
etárias e o treinamento resistido apresenta benefícios para a saúde dos
praticantes de diferentes idades, apresentando alterações positivas no perfil
bioquímico de crianças com obesidade, ganho de força e capacidade
funcional em idosos com obesidade sarcopênica (redução de massa muscular), benefício funcional
e perda de peso em adultos mais velhos, perda e manutenção do peso corporal em
adultos.
Diante dos fatos apresentados é impossível negar os diversos
benefícios para a saúde de obesos praticantes de musculação, entre eles, o
ganho de massa magra, a perda de peso, a melhora no condicionamento físico, os
ganhos na capacidade funcional, entre outros. Embora seja possível observar
várias vantagens na prática da musculação, outras medidas podem e devem ser
elaboradas para um maior ganho na saúde desses praticantes, como associação da
alimentação orientada por nutricionista com intuito de perda de peso.
Conclui-se que há uma enorme necessidade de programas de
promoção e prevenção da saúde, com estímulo à prática dos exercícios físicos
que alcancem toda população, inclusive pessoas com sobrepeso e obesidade, sendo
desenvolvido também, programas específicos para todas as idades (adolescentes,
adultos e idosos).